Em outubro deste ano, crianças ocuparam as ruas do centro de São Paulo para compartilhar o que possuem de mais precioso: a alegria. Os alunos das EMEIs Gabriel Prestes e Armando de Arruda e E.E. Caetano de Campos deixaram o dia que estava ensolarado ainda mais bonito, protagonizando um cortejo poético e emocionando quem estava no local. Saiba mais como foi o processo
O educador Paulo Freire escreveu um poema em que compartilhou um sonho: “Ah, a rua! Só falam de tirar as crianças da rua. Para sempre? Eu sonho com as ruas cheias delas”. As educadoras da Escola Municipal de Ensino Infantil Gabriel Prestes compartilham do sonho de Freire. Tanto querem as ruas com crianças que realizaram alguns cortejos poéticos no entorno da escola: caminhadas para ocupar o espaço público com poesia e a alegria de dezenas de crianças.
Antes de um cortejo há rodas de conversa com as crianças para dialogarem sobre o caminho a ser percorrido. Os alunos também preparam, por exemplo, instrumentos musicais para tocar ao longo do percurso. “As rodas de conversa são o centro do nosso trabalho. Para ir a algum lugar, sempre lançamos questões na roda: vocês conhecem esse lugar? O que vocês sabem?”, comenta Naime Silva, coordenadora pedagógica da escola. Por causa dos diálogos antes e depois dos cortejos, garante-se que as falas das crianças sejam ouvidas e valorizadas na construção das ações.
Durante o percurso, há momentos de profunda beleza. Num dos cortejos, as crianças entraram numa rua, onde as pessoas resolveram aparecer nas janelas e varandas de prédios, batendo palmas, sorrindo em comoção. Vanessa de Oliveira, uma das professoras, chama atenção para uma foto: a expressão do seu aluno Mateus ao sair dos portões da escola para cortejar as ruas é uma explosão de entusiasmo.
Os cortejos convidam as crianças a serem mais protagonistas ocupando o território onde vivem, redescobrindo as ruas pelas quais passam todos os dias – a ação na Gabriel Prestes, aliás, nasceu inspirada em cortejos realizados pela educadora Nayana Brettas na região do Glicério, também em São Paulo, com o projeto Criança Fala. “O cortejo poético é uma iniciação à poesia”, disse o educador e poeta Severino Antonio, ao saber desse projeto na EMEI Gabriel Prestes. E a poesia é um convite à liberdade e ao encanto. É um convite à criação de uma cidade mais sensível à presença da infância. Com o cortejo, as crianças provam que rua também é lugar de criança e poesia.
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